16 de Outubro de 2020

Cruzeiro

Felipão é o novo treinador do Cruzeiro

A história do treinador no comando da equipe foi marcada por derrotas em momentos decisivos
Luiz Felipe Scolari foi o escolhido para a missão de resgatar a confiança e o bom futebol do Cruzeiro para engatar uma arrancada no Campeonato Brasileiro Série B. Em meio a um futuro recheado de desafios, o treinador reencontra a Raposa com 'reconstrução' como a palavra de ordem, situação similar à sua primeira passagem pela Raposa, há 20 anos.

Felipão chegou ao Cruzeiro em julho de 2000 para substituir Marco Aurélio, que havia acabado de conquistar a Copa do Brasil com a Raposa. Na disputa do Campeonato Brasileiro da temporada, à época denominado Copa João Havelange, a Raposa teve um bom desempenho na fase de classificação, quando terminou na liderança, com 45 pontos em 24 jogos, no Módulo Azul, que reuniu os 25 principais times do país.

Nas oitavas de final, o Cruzeiro eliminou o Malutrom-PR (atual J. Malucelli). Na sequência, o Internacional foi a vítima da Raposa, nas quartas de final. A queda na Copa João Havelange veio nas semifinais para o Vasco, clube que viria a ser o campeão. Com um empate por 2 a 2 no jogo de ida, em São Januário, a equipe celeste precisava apenas de uma vitória simples no Mineirão, mas, numa tarde inspirada de Romário, a equipe carioca surpreendeu com um 3 a 1 sobre os mineiros.

Um mês antes da dolorida derrota para o Vasco, o Cruzeiro já havia sofrido outra eliminação dentro de seus domínios. Pelas quartas de final da Copa Mercosul, a Raposa perdeu para o Palmeiras, por 2 a 1, e deu adeus à competição continental.

Com decepções em 2000, no ano seguinte Felipão chegou ao único título dirigindo o Cruzeiro. A Raposa levantou o caneco da Copa Sul-Minas de 2001 de maneira invicta e batendo o Coritiba por 3 a 0 na final, no Mineirão. O que poderia ser um sinal de uma temporada promissora não passou de uma projeção.

No Campeonato Mineiro de 2001, que era dividido em dois grupos de quatro times, o Cruzeiro não passou da primeira fase. A Raposa foi derrotada por América e Ipatinga e apenas empatou com a Caldense.

O desempenho ruim no Mineiro podia ser explicado pelo foco na Copa Libertadores da temporada. Depois de terminar a primeira fase invicta, com cinco vitórias e um empate, a equipe passou pelo El nacional, do Equador, na fase seguinte. A queda na competição veio para o Palmeiras, equipe anterior de Felipão.

O primeiro jogo, em São Paulo, terminou empatado em 3 a 3. Na volta, com o Mineirão mais uma vez lotado de cruzeirenses, as equipes voltaram a empatar, desta vez por 2 a 2. Na decisão por pênaltis, o Palmeiras levou a melhor, protagonizando o último jogo de Felipão no comando do Cruzeiro, já que depois ele aceitaria o convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para comandar a Seleção Brasileira, que viria, no ano seguinte, a conquistar a Copa do Mundo na Coreia do Sul/Japão de forma invicta e com 100% de aproveitamento.

Em números

Com a passagem marcada por derrotas nos momentos decisivos, Felipão teve um aproveitamento de 63,5% dirigindo o Cruzeiro. Comandando a Raposa, o técnico disputou 75 jogos, com 40 vitórias, 12 derrotas e 23 empates.


Fonte: Itatiaia.com.br