11 de Dezembro de 2025

Minas Gerais

Prefeito de Itabira pede apoio a Lula diante do fim da mineração

Presidendete do Brasil esteve em Itabira para inauguração do Centro de Radioterapia,
Reprodução Youtube Canal oficial presidente Lula
Reprodução Youtube Canal oficial presidente Lula
Durante a inauguração do novo Centro de Radioterapia do Hospital Nossa Senhora das Dores, em Itabira, na região Central de Minas, o prefeito Marco Antônio Lage (PSB) reforçou a previsão de que o minério de ferro da cidade deve se esgotar em 2041. O gestor aproveitou a oportunidade para pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acompanhou a inauguração nesta quinta-feira (11), apoio para investir em conhecimento e tecnologias, de modo a reduzir os impactos econômicos do fim da mineração na região.

“Itabira, esse solo que é o berço da mineração do Brasil, precisa de muito mais. Estamos diante do maior desafio da existência da nossa cidade, que é reinventar a matriz econômica antes que o minério acabe em 2041, conforme a previsão da Vale. Mesmo que haja alguma sobrevida, todos sabemos que o minério não dá duas safras”, disse Lage.

Em seguida, ele destacou a importância do “Plano Itabira Sustentável”, feito em parceria com a Vale. A iniciativa tem como um de seus focos projetos estruturantes que visam garantir o desenvolvimento sustentável da cidade a longo prazo.

“É preciso compromisso. Itabira pode ser mais um caso de fracasso na relação entre mineração e sociedade. No entanto, pode se tornar um exemplo nacional de legado positivo. Não é aceitável que a cidade que é berço da mineração no País seja condenada ao abandono quando o minério se for”, avaliou.

Entrega de novo Centro de Radioterapia

Ao final do discurso, o prefeito acompanhou a agenda presidencial, que incluiu a entrega do novo Centro de Radioterapia do Hospital Nossa Senhora das Dores. A estrutura integra um conjunto de cinco equipamentos inaugurados simultaneamente nesta quinta-feira em:

- Itabira (Minas Gerais)
- Goiânia (Goiás)
- São Luís (Maranhão)
- Marília (São Paulo)
- Colatina (Espírito Santo)

O governo federal investiu mais de R$ 67,5 milhões na aquisição dos aceleradores lineares instalados nas unidades, conforme previsão do programa Agora Tem Especialistas. Cada equipamento tem capacidade para atender 600 novos pacientes por ano, o que, segundo o Ministério da Saúde, reduz a necessidade de deslocamentos médios de 145 quilômetros até municípios que oferecem o serviço no País.

“Este aparelho instalado aqui, para qualquer pessoa fazer radioterapia quando precisar, é o mesmo utilizado por um presidente dos Estados Unidos. Se ele precisar realizar o tratamento, usará uma máquina igual à que vocês estão usando. Se eu precisar, também será na mesma máquina que está disponível para vocês”, disse Lula durante a entrega centro.

Ainda, Lula reforçou a necessidade do acesso universal à saúde. “Todos nós, dos mais humildes aos mais importantes, têm que ter os mesmo direitos e oportunidades. Significa que em uma sociedade humana que a gente quer criar ela não pode ter as pessoas de primeira classe que tem tudo e as de segunda classe que não tem nada”, observou.

A cerimônia em Itabira contou com a participação do presidente Lula e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. As demais inaugurações reuniram os ministros André Fufuca, Márcio França, Anielle Franco e Simone Tebet em Goiânia, São Luís, Marília e Colatina. O novo centro integra o Plano de Expansão da Radioterapia no SUS, que prevê a entrega de 121 aceleradores lineares até 2026 e projeta alcançar 84,7 mil pacientes atendidos no País.

A agenda federal em Minas incluiu ainda o anúncio de R$ 100,2 milhões do Novo PAC Saúde para a expansão da rede pública. Os recursos serão destinados à construção de duas policlínicas em Ipatinga e Divinópolis, com investimento total de R$ 60 milhões, além da autorização para obras de três Centros Especializados em Reabilitação em Betim, Juiz de Fora e Muriaé. As iniciativas pretendem ampliar a cobertura assistencial no Estado e reduzir vazios na oferta de serviços de saúde.
Fonte: Diário do Comércio